Quinta-feira, 7 de Dezembro de 2006

A Multiplicidade de Poderes na Europa Medieval

 

Sacro Império Romano-Germânico

* Caracteriza a diversidade política europeia no século XIII

publicado por esfahistoriadores às 00:03
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De Carolina Albuquerque a 10 de Dezembro de 2006 às 01:32
A partir do século XI, a ideia da divisão de poderes para com os territórios vai-se acentuando, já que o poder não se concentrava numa só pessoa, consequência da queda do Império Romano do Ocidente. Nestes moldes, atenta-se ao aparecimento de um novo mapa político europeu, pois era obtida uma multiplicidade de poderes.
A Europa Ocidental apresentava, desta forma, uma nova constituição, porquanto não estava sujeita ao antigo Império Romano, mas sim aos senhores, aos duques, aos condes, aos reis e, ainda, ao imperador. Surgem, assim, vários poderes: os senhorios, os ducados, os condados, os reinos, o império e as comunas.
Os senhorios (territórios onde um nobre ou membro do alto clero exercia) não apresentavam uma forma regular, pois a dimensão destes variava; eram compostos por um castelo (que simbolizava a autoridade que o senhor possuía sobre a terra e os homens), bosques, terras e aglomerados populacionais. O senhor era possuidor de um dito "duplo poder", visto que dominava economicamente e tinha autoridade sobre os homens.
Os ducados e os condados que, como o próprio nome indica, pertenciam aos duques e aos condes, respectivamente. Além de apresentarem como compromisso a obediência ao rei e/ou ao imperador, estes eram ricos e poderosos, tendo, então, afrontado os que deveriam respeitar. O Ducado da Aústria e o Condado de Hainaut são dois dos muitos ducados/condados formados na Europa.
Apenas no século XII, os reinos se iam tornando unidades políticas estáveis; para esta estabilidade se apresentar como um facto verídico, era necessário prestar obediência ao rei, já que este detinha autoridade suprema sobre os que, naquele reino, nascessem; dever-se-ia delimitar um território. São exemplos de reinos estáveis, do século em questão, Portugal, Castela, Aragão.
O Império (Romano do Ocidente), apesar de ter sido derrubado, não deixou de parte a ideia da existência de um Imperador. Já que foi efémero o Império de Carlos Magno, Otão I formou o chamado Sacro Império Romano-Germânico, tendo-se aliado ao Papa, à semelhança de Carlos Magno. Mesmo assim, o Império/poder do Imperador foi enfraquecendo, devido não só aos confrontos entre o Papa e o Imperador, como também devido à escensão do poder dos grandes senhores.
Com o aparecimento de novas cidades, estas não se quiseram cingir ao poder/autoridade que os senhores poderiam exercer sobre elas. Assim, os habitantes tentaram tornar as suas cidades livres dessa autoridade prestada pelos senhores. Após a recepção da carta comunal ( que lhes concedia a liberdade citadina), essas cidades organizaram-se, sendo governadas pelo Conselho de Burgueses e por um corpo de magistrados próprios.
Tendo em conta os aspectos mencionados e o mapa que introduz a questão, é-nos permitido verificar, realmente, que as grandes e múltiplas diferenças no que diz respeito a esta nova divisão de poderes territoriais, levaram ao aparecimento de uma nova política geográfica da Europa Ocidental do século XIII.


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